Bio

Desde cedo tenho um comprometimento interno, uma certeza inata de que é criando melodias que trilho meu caminho. Lembro de ainda criança, sentar-me ao piano – herança de meu pai – e desencadear sons, naquele momento intangível, mas que sempre desejei personificar: fazer as notas voarem em rodopios – mas nem por isso, sem direção.

Sou compositora, arranjadora, pianista e produtora musical, mas formada em jornalismo – para dar uma aliviada em tanta música junta. Aos treze anos, produzi uma entrevista com Milton Nascimento que, impactado por aquelas perguntas de menina – talvez mais inocentes e livres – me convidou para acompanhá-lo no programa televisivo chamado “Contraponto”, na então TVE. Estar próxima dele, minha maior inspiração, confirmou a certeza de já estar com o pé nessa estrada, a da arte.

A composição para a imagem é o foco central de minha atuação e desde 2001, especializei-me na criação de trilhas sonoras originais para televisão e cinema, além de criar para outras esferas do audiovisual, teatro, dança e streaming.

Na bagagem, muitos projetos, dentre eles, filmes de Hugo Carvana, Sergio Rezende, Nelson Hoineff, Isa Albuquerque, também trabalhos pujantes com David Tygel, querido parceiro.

E um divisor de águas em minha carreira, o longa “Torre das Donzelas”, dirigido por Susanna Lira e que me abre um horizonte potente de atuação dentro de um universo de projetos com propósito claro de fazer da arte um instrumento de liberdade. E tantos frutos nasceram desta parceria: as séries “Rotas Do Odio”, “Linhas Negras”, “Por Um Respiro”, os filmes “Legitima Defesa”, “A Mãe de Todas as Lutas”… todas trilhas originais compostas com toda a inspiração.

Ainda assino a trilha musical das séries “Os Ausentes”, “O Tempo da Terra”, “Cidades de Cinema”, “Saideira”, “A(u)tores”, “Parques do Brasil”. Também compus a música do documentário “Minha Liberdade é minha mãe” e do primeiro longa de ficção de Caroline Fioratti, “Sobre Girassois e Zumbis”, um réquiem gravado com orquestra e coro pela Orquestra de St. Petersburgo.

Para a série “Não Foi Minha Culpa”, além de toda a trilha incidental original, pude produzir a canção de abertura, “Canção sem Medo”, música original da artista mexicana Vivir Quintana, que tive a honra de fazer a versão e a letra em português, e que gravamos em dueto com Alcione e Duda Beat, dando voz a um samba de protesto fortíssimo e revelador!

É aqui, neste ambiente de sonhos e estórias, melodias que viram personagens, silêncios que viram música, que busco construir e fazer a minha (p)arte.